Esta é, segundo a minha experiência, mais uma questão que paira muitas vezes sobre as nossas mentes, no momento em que nos lembramos acerca do que devemos fazer para emagrecer ou eliminar excesso de gordura. Emagrecer, tal como já referi e anteriores artigos, é um processo onde estão envolvidos vários factores mas sobretudo, o controlo do balanço energético. As perguntas que surgem em seguida são naturais: como devo controlar o meu balanço energético? De que modo poderei perder mais calorias através do exercício?
Para a primeira pergunta, obviamente a resposta é no sentido de restringir determinado tipo e quantidades de alimentos que ingerimos, para que possa haver um déficit de ingestão de energia, e assim poder proceder à depleção de gorduras como fonte de energia nas nossas actividades diárias. Em relação à segunda, o modo como devemos eliminar mais calorias, tem suscitado bastante controvérsia.
Partimos do principio que temos 2 grandes tipos de exercicio: um puramente cardiovascular, com baixo grau de intervenção muscular, com um movimento contínuo e mecanizado onde a fonte de energia é aeróbia(tais como corrida, desportos colectivos, caminhada,etc); o outro puramente muscular, mas com alto grau de incidência cardiovascular, com movimentos alternados, exercitação de todas as cadeias musculares e utilizando como fonte de energia o metabolismo aeróbio e anaeróbio(exercícios funcionais de força).
O que escolher para emagrecer?
A forma de pensar durante muitos anos sempre foi muito simplista e redutora: "quero emagrecer faço treino cardiovascular com intensidade média e prolongado no tempo" ou "quero tonificar faço só exercícios de força".
Ora, a meu ver, e segundo as pesquisas mais recentes, nem uma nem outra me parecem correctas quando aplicadas isoladamente.
O treino cardiovascular apresenta-se como essencial para obter muitos benefícios ao nível da saúde e performance física: um coração mais forte, aumento da resistência cardiorespiratória, aumento do volume máximo de oxigénio (VO2máx), excelente preparação para o treino de força, aumento do metabolismo etc, mas como um exercício isolado apresenta também várias limitações, que o treino de força pode colmatar na perfeição. O reforço muscular, a tonificação, agilidade, resistência, fluidez de movimento, e o próprio VO2máx, não poderão ser estimulados por exercícios de força?
Podemos promover um excelente gasto calórico optando por juntar ambos os modelos de treino, dando ênfase a uma parte cardiovascular intercalando com exercícios musculares (obviamente exercícios funcionais, já que os exercícios em máquina apresentam-se também limitados no que toca ao gasto calórico). Deste modo, teremos um resultado mais completo, mais eficaz e mais rápido na perda de peso e na modelação do nosso corpo, pois não nos interessa de certeza emagrecer e deixar todas as zonas bem flácidas.
Fica a sugestão: preocupem-se em realizar o maior número de actividades possíveis, não se restringindo o exercício só, como de costume, ás insignificantes caminhadas, mas inovem com exercícios de força com o peso do corpo, com tempos de recuperação curtos, intercalando com corrida, bicicleta ou até nado, e chegarão ao final de cada sessão de 1 hora com 600/700 calorias a menos. Bom não?
Com os nossos alunos tem resultado muito bem!
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